Torres del Paine National Park

Um dos pontos “must see” com certeza está o incrível Lago Grey. 

Nosso primeiro destino dentro do Parque Torres Del Paine foi o Lago Grey.

Entramos pelo acesso sul do parque, e enfrentamos uma estrada toda de ripio. Mesmo com uma dorzinha no coração levando nosso AirStream pulando pulando e pulando.

 Apesar de ser mais demorada,  tem ainda uma sensação de exclusividade, pois não são todos que acessam o parque por esse acesso.  Fizemos algumas paradas até porque sabíamos que sairíamos pelo outro lado do parque. Quanto mais perto chegávamos do parque, mais absurdas ficavam as paisagens e visuais.

    Um dos locais mais famosos do Chile é o Parque Nacional Torres del Paine. O Lago Grey faz parte de um dos pit stops conhecidos no roteiro do parque. Existe um Glaciar de mesmo nome, que infelizmente está a cada ano, despedindo-se por conta do aquecimento global.

   No estacionamento do Lago Grey trailers e RV podem passar a noite sem problema algum.

Lembrando que dentro do parque não existem lixeiras! Portanto planeje quantos dias vai ficar e tente usar o máximo possível dos alimentos, assim não segue acumulando durante vários dias dentro do carro ou do trailer.

No nosso caso não sabiamos quantos dias ficaríamos lá. Mesmo o ticket de entrada sendo válido para até  para 3 dias. Depois desse prazo, deve-se renova-los. Os tickets são individuais.

Dessa forma, eles conseguem ter um controle de todas as pessoas que estão dentro do parque nacional.

Outro ponto importante é o abastecimento de  água. Para os trailers, nano existe aquela chave de água perfeita aguardando para ser usada.

O que nos salvou foram os hotéis localizados dentro do parque. Apesar de estarmos 100% abastecidos, viver totalmente offgrid e economizando todos os recursos, uma hora eles acabam.

Puerto Natales é parada obrigatória antes de chegar ao parque. É um ponto para poder se abastecer com comida, água potável, gás e até mesmo gasolina.

São duas horas de distância entre o parque e o primeiro posto de gasolina.

Na cidade existe o maior suporte de guias, equipamentos e serviços da região.  Você vai encontrar desde roupas, barracas, acessórios para treckking tudo para alugar ou comprar.

Depois de instalados no estacionamento do Lago Grey, nos preparamos para a caminhada  até a praia. Primeiro passamos por uma ponte em balanço, e em seguida entre um lindo bosque de Lenga, árvore nativa que pode ser encontrada por quase toda Patagonia.

Era um dia de muito vento, na verdade, coisa normal de Torres del Paine. Somos nós que não estamos acostumados com ele.

Caminhamos pela praia, e um flash back de 5 anos atrás voltou  (segue link da nossa primeira visita ao Lago Grey) quando deparamos com um iceberg gigante na praia.

http://zylbecktrips.com/portfolio/torresdelpaine_daytour/

Dessa vez conseguimos perceber ainda mais a beleza daquele lugar, aquela praia, aquela imensidão e daquele vento batendo no rosto. Onde a areia encontra a agua conseguimos ver pedacinhos de gelo do que um dia fez parte do Glacial Lago Grey.

     Lago Grey é um belo lago preenchido pelo poderoso glaciar em três diferentes pontos de entrada. Icebergs podem ser vistos vagando lentamente nas águas geladas. O cenário de tirar o fôlego de montanhas irregulares cobertas de neve, glaciares suspensos e algumas cachoeiras ocasionais, e você tem um dos lugares mais pitorescos do continente.

O Parque Nacional e o Glacier Grey estão ambos localizados no sul da Patagônia do Chile, com a geleira fazendo parte do extraordinário campo de gelo da Patagônia Austral. Englobando 270 quilômetros quadrados, você nunca imaginaria que esta é uma das pequenas geleiras do campo de gelo do sul da Patagônia.

Uma vez que você viu, é fácil ver onde o glaciar recebe o seu nome; a deslumbrante cor cinza-azul fascina todos os visitantes. A cor é tão imponente que pode até ser vista do espaço! O tamanho, a potência e a beleza do Glacier Grey o transformam em um dos pontos turísticos mais emblemáticos do Parque Nacional Torres del Paine, no Chile e em toda a América do Sul.

Decidimos fazer o passeio de barco para as geleiras em nosso segundo dia estacionados na área do Lago Grey.

Ficamos um pouco preocupados em fazer o passeio com o pequeno Benjamin (08 meses de idade). Não podemos negar que tivemos que pensar um pouco na logística mas logo deu tudo certo.

Um dos pontos de encontro para essa atividade é o próprio Hotel Lago Grey, que se encontra dentro do parque nacional.

Era um dia frio e com um pouco de vento mas para nossa sorte crianças, idosos e pessoas que necessitam uma atenção especial não precisam fazer a caminhada pela praia até a embarcação. Nossa sorte porque Benjamin tinha apenas feito uma pequena saída com a mochila de treking e ainda se habituando com o uso dela.

Fomos com um bote aberto. Benjamin estava muito bem enrolado em um casaco de inverno além de suas roupas. Sentamos ao lado de um psicólogo e ele logo de cara falou – Vcs são demais! De onde eu venho (USA) as famílias deixam as crianças trancadas em casa com medo que fiquem doentes, se machuquem…etc … mas vcs sim “estão fazendo a coisa certa”, parabéns.

Com o Macizo Paine de fundo, o lago é todo um espetáculo com suas águas recobertas por sedimentos em suas superfícies. Possui mais de quinhentos metros de profundidade, o lado com incríveis atrativos rochosos.

Nasce do Campo de Hielo Patagónico Sur e é o berço para os enormes blocos que se desprendem do Glaciar Grey. Suas águas de cor gris são ideais para a prática do caiaque e da canoa, que é possível de realizar no local.

O trajeto até a geleira é realmente lindo. Logo avistamos um iceberg, mas segundos depois lembrei que aquilo fazia parte de um todo. E que nós humanos, estávamos destruindo tudo aquilo.

O gelo azul é formado pela compressão da neve pura, que finalmente se desenvolve no gelo glacial ao longo de centenas de anos de extrema pressão. Este processo elimina o ar originalmente capturado no gelo quando a neve caiu, deixando muito pouca superfície reflexiva para a luz do sol. Então, quando a luz do sol atinge um iceberg, a luz é absorvida e a pouca luz que é refratada aparece azul (ou azul-verde) a olho nu.

Eu só tinha visto em fotos ou vídeos e fiquei realmente impressionada. Era uma beleza extraordinária. Fiquei enfeitiçada vendo essa maravilha geométrica massiva de 10 milhões de anos.

Lembro de ouvir um barulho e logo na chegada um pedaço de gelo se rompeu ali na nossa frente. Realmente espero que um dia as geleiras não derretam mais para muitas pessoas poderem ver de perto um glacial e entender toda a sua beleza.

 Dentro a embarcação todos tem seu próprio colete salva vidas.

Serviram Pisco Sour para todos, drink chileno conhecido mundialmente (existe uma pequena briga entre os chilenos e os peruanos para dizer quem realmente criou o pisco).