Vágar | Faroe Islands

- a precious place lost in the middle of the ocean -
Durante alguns anos colecionamos imagens das Ilhas Faroe. Quando nos demos conta, já estávamos planejando nossa viagem para esse arquipélago dinamarquês, um destino escolhido a dedo que queríamos muito conhecer. Compramos as passagens com escala em Copenhague e para então voar para Vágar. Sobrevoamos pelo Oceano Atlântico, e a ansiedade de chegar aumentou ao avistamos as ilhas, que nos surpreenderam ainda mais. Eis que então, naquele pequenino arquipélago, a pista do aeroporto surgiu no meio de lagos e montanhas. O sol estava se pondo, os raios atravessavam as nuvens, havia muita textura no céu. O visual era incrível. Nos olhamos e tivemos certeza de que seria uma experiência inesquecível.
Faroe é um conjunto de 18 ilhas separadas por estreitos e fiordes, no Atlântico Norte, entre Noruega, Islândia e Escócia. Já sabíamos que não teríamos tempo para conhecer todas, mas isso não era um problema. As ilhas têm características selvagens, com falésias gigantes em suas encostas, margeadas por pedras e gramados, cortes geológicos impressionantes que dividem os lagos e o mar, de forma quase que inexplicável.
O simples fato de apreciar aquela amplitude e profundidade que tem tanta força e beleza era melhor do que qualquer outro programa que poderíamos fazer.
Chegamos no final do dia, alugamos um carro e, mesmo querendo descansar para nos preparar para os passeios do dia seguinte, rodamos pelas arredores do hotel. Por ser uma área grande para visitação, é bom ter um carro e ficar livre para fazer o que quiser. Nós achamos impressionante o fato de reservarmos um veículo no site de uma das poucas locadoras locais e, ao chegarmos lá, recebemos um e-mail com a foto dele, estacionado no parking do aeroporto, com a chave sobre o pneu e um bilhete: “amanhã você me contata em qualquer horário do dia para assinar o contrato e fazer o pagamento”. Pois é, nesse primeiro contato com os habitantes locais, já vimos que o povo tem muito boa índole.
 Acordamos logo cedo, tomamos um super café no hotel e saímos para explorar. Tínhamos alguns lugares marcados para o primeiro dia. Dirigir pelas estradas que conectavam quase todas as ilhas já valia a pena. Subidas, descidas, ovelhas, pássaros, gramados felpudos, nuvens, muitas texturas por todos os lados! Talvez por isso os vikings noruegueses, quando chegaram às margens faroenses pela primeira vez no século 9, decidiram que esse conjunto de ilhas vulcânicas era o local ideal para car. Aquele é realmente um lugar muito especial perdido no meio do oceano, do qual poucas pessoas já ouviram falar e um número menor vai visitar.
Dirigir nas estradas que conectam as as ilhas é incrível: há ovelhas, lagos, gramados felpudos
Entre as18 ilhas, há apenas três semáforos e um restaurante com estrela Michelin. Todo o arquipélago é muito seguro, sem crimes e com uma natureza que fala mais alto. Há muitas casas com tetos verdes, antigas ou recém-construídas, uma tradição local que ajuda a controlar a temperatura interior e ainda ajuda no isolamento acústico.
Aproveitamos para fazer trekking nas cachoeiras, subimos montanhas intermináveis e passeamos muito numa terra que tem mais ovelhas que habitantes.
As ilhas são selvagens, têm falésias, cachoeiras gigantes e cortes geológicos inexplicáveis. Entre as 18 ilhas, há apenas três semáforos e um restaurante com estrela Michelin. Faroe é um lugar civilizado, sem crimes e com uma natureza diferente, inacreditável
Sobre Vágar, podemos deixar algumas dicas como, considerar alguns dias (mínimo 2) para poder conhecer e explorar bem a Ilha que tem alguns dos locais mais especiais do arquipélago. A estrutura para turismo concentra-se na segunda ilha, Streymoy, porém pode-se bookar hoteis em Vágar, economizando viagens de deslocamento entre as Ilhas. Nós ficamos no Hotel Vágar, localizado a poucos minutos do aeroporto, e conta com um serviço de cozinha, localizado na Ilha pesqueira de Sorvagur.
Compramos no mercado local, água e snacks para nos abastecer durante os passeios e as jornadas afora, já que nesta Ilha os serviços são bem mais restritos.
Dicas Importantes
Não é necessário visto. As Ilhas Faroe não pertencem à União Europeia. O dinheiro é chamado de coroa faroesa e o valor é o mesmo da coroa dinamarquesa. 1 dólar vale 6,5 coroas faroesas.  O cartão de crédito é bem aceito. Há devolução de 25% de VAT no aeroporto para compras acima de 300 coroas.
Não deixe de comprar o suéter de lã de ovelhas nativas: é leve, isolante e repelente à água.
Nosso drone sofreu demais para voar, por conta dos fortes ventos, mas mesmo assim conseguimos fazer os registros. A Ilha solicita autorização prévia para os vôos e controla as áreas com permissão de acesso.
COMO IR ?
De São Paulo para Copenhague depois compramos as passagens pelo site da Atlantic Airways
www.atlantic.fo/en
QUANDO IR ?
O clima é oceânico, e o tempo muda rapidamente. Chove muito, mas há belas clareiras durante o dia. No verão, as temperaturas também são baixas, por volta de 12 °C, enquanto no inverno chegam a -2°C. A melhor época para visitar o arquipélago é entre junho e setembro.
ONDE FICAR ?
Recomendamos se hospedar em dois pontos das ilhas para não percorrê-la de um lado para o outro. Apenas para sair do aeroporto até o centro onde tem a melhor infra- estrutura de turismo, leva-se cerca de 45/60 minutos, sem falar do túnel em que se deve pagar pedágio a cada viagem (ida/vinda).

O hotel fica na vila pesqueira Sørvágur, próximo do aeroporto. Então, se você chegar no último vôo, aproveite para se hospedar ali em Vagar e começar sua aventura por essa região. Diárias a partir de R$ 450. http://hotelvagar.fo/

www.hotelvagar.fo

O QUE LEVAR ?
Vestimentas impermeáveis e bons sapatos para caminhada, além de mochila, capa de chuva, óculos de sol. Levamos nossos bastões de caminhada e fizeram uma boa diferença. Lanche e água é fundamental, já que existem trilhas de 2 horas para cima, e algumas delas nem sequer passam por riachos ou pontos de água.

para mais informações  acessem

www.visitvagar.fo