Kompong Phluk Siem Riep, Cambodia

Depois de visitar os templos de Angkor, vale a pena encarar a realidade de milhares de pessoas na cidade flutuante de Kompong Phluk. Mesmo na estação seca, pode-se  perceber a dinâmica do local e a condição de vida dessas familias. Muitas casas com flores nas janelas, muito lixo espalhado por toda parte. Muita pobreza. Cerca de 5 mil pessoas vivem nessas condições. Fomos entrando na vila  flutuante…..foi absolutamente fascinante ver todas as casas flutuantes. Fomos em direção a uma escola. Crianças de todas as idades estudavam, foram receptíveis. Sabem que os turistas acabam fazendo doações de comida, que faz parte do “pacote”. Podíamos ver crianças dentro de bacias remando de um lado para o outro com cobras nas mãos, querendo fazer fotos com turistas por troca de alguns trocados. Muitas familias não permitem os filhos estudarem para passar o dia dentro das bacias e chamar a atencao dos turistas. Uma triste realidade ! Muitos  pescam  nas águas lamacentas. Não sei quão limpa seja aquela água escura. Tão triste ao ver a miséria que essas pessoas vivem. Estávamos com um excelente guia da vila  que realmente disse-nos tudo sobre a área e sua história. Ele nos desencorajou a  dar dinheiro mas sugeriu comprar arroz para o orfanato que fomos felizes em fazer. Eu queria ter sido melhor preparada para essa visita. Gostaria de sugerir para levar  itens úteis como canetas, papel, livros, roupas ou brinquedos.

No total  pagamos US$ 50 dollares  em um saco grande de arroz. Estavamos mais do que feliz para doar. Em um bar haviam crododilos enormes, presos em um tanque no meio do deck flutuante. Era a atração principal daquele estabelecimento, parada praticamente obrigatória feita pelos guias locais. Os turistas podiam comprar peixes frescos para jogar nas bocas abertas e ardentes dos crocodilos. Na volta, sentamos na parte da frente do barco, ficamos ali toda a viagem de retorno com um lindo pôr-do-sol tocando na linha do horizonte. Com certeza é um daqueles passeios que nos faz parar para pensar na possibilidade e oportunidade que a vida nos deu, e não aquelas pessoas, que ali vivem, com suas casas amarradas umas `as outras, balançando conforme a maré.